terça-feira, 15 de junho de 2010

Consciência Linguística

Antes de falar a criança compreende a palavra que lhe é dirigida e aquela que é dita à sua volta e mais ainda se se trata de si própria.

Desde o aparecimento da primeira palavra até à formulação de frases complexas, a criança percorre um caminho que cronologicamente corresponde à infância. Este é um percurso caracterizado por diferentes períodos de desenvolvimento.

As crianças usam estratégias para adquirir Linguagem:
  • Desenvolvimento fonológico
  • Desenvolvimento lexico-semântico
  • Desenvolvimento morfo-sintáctico


O trabalho de enriquecimento e de eliminação torna-se muito interessante, consistindo numa reorganização do material linguístico sob o ponto de vista fonético, morfológico, lexical e semântico

Desenvolvimento Fonológico:

O tratamento de informação também passa por várias etapas:
  • Recepção da mensagem
  • Recebe os sons da fala produzidos por outrem
  • Retém a representação sonora, por segundos, na memória de curto prazo
  • Procura e localiza o significado da sequência de sons (palavras) na memória de longo prazo
  • Organiza a representação sonora em frases ou constituintes de frases
  • Compreensão da mensagem
  • Combina as frases e obtém o significado do enunciado produzido
  • Esquece as cadeias de sons, as palavras e as frases, guardando somente o essencial da mensagem

Desenvolvimento Lexical e Semântico:

Aquisição de uma palavra é apenas o primeiro passo para uma longa série de tentativas e explorações lexico-semânticas.
->Papel da escola e do jardim de infância é fundamental para o enriquecimento linguístico.

Na aquisição de significado existem variais que influenciam:
  • Frequência de uso
  • Conhecimento do mundo
  • Desenvolvimento cognitivo prévio
  • Factores contextuais e comunicativos
  • Uso metafórico das palavras

Desenvolvimento Morfológico e Sintáctico:

Durante este processo a criança extrai as regras que existem no seu sistema linguístico e generaliza a flexão nominal e verbal. Existindo uma boas e más faltas:

  • Resultam da generalização excessiva das regras e da extensão abusiva das regras.
  • Resultam da combinação ao acaso ou de nenhuma tentativa de combinação


Reformulámos algumas fichas de leitura elaboradas no âmbito da U.C. Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem, cujo tema é sobre a Consciência Linguística:

Acordo Ortográfico

Durante muito tempo, desde a Pré-História, que os homens tinham necessidade de escrever aquilo que queriam dizer. Assim, deixavam marcas da sua comunicação com pedras ou cortes de árvores. Assim, na passagem da pré-história para a história, nasceu a ortografia. Primeiro as pessoas grafavam os seus pensamentos, e depois produziam sons.

Com o passar dos anos, as línguas evoluem na componente oral, porque por vezes dizemos coisas que não escrevemos.

Em 1943, para se estabelecer uma diferença entre o que se escreve e o que se diz, houve a necessidade de unificar a grafia entre Portugal e Brasil. Desta forma, desapareceu a sílaba –ph de farmácia e o –ch de química.
No ano seguinte à implantação da Republica, o governo aplica uma ortografia fixa que até aí não existia.

É necessário existirem reformas ortográficas porque senão, com o passar dos anos, as pessoas começam a não gostar de escrever aquilo que dizem de forma diferente.
Este acordo está há 18 anos à espera de ser aprovado e irá mudar 1,6% do nosso alfabeto. O objectivo deste acordo é simplificar a ortografia para ficar semelhante com o modo como falamos.

Na nossa opinião, o acordo é bastante importante. Quando soubemos que iria haver este novo acordo ortográfico, ficámos um pouco receosas pois não estávamos bem informadas das alterações que este iria sofrer.
Também admitimos que nos primeiros tempos vai ser muito complicado utilizar as palavras que sofreram alteração e escrevê-las com a nova ortografia. Apesar de algumas palavras estarem mais parecidas com a componente oral, vai ser complicado, pois estamos habituadas a escrever da forma clássica. No entanto, daqui a quatro anos, que é o tempo que nos dão para pormos em prática estas novas palavras, penso que conseguirei habituar-me a esta nova ortografia.


Artigo sobre o Acordo Ortográfico na Revista Visão

Emergência da Literacia

Normalmente, antes de entrar no primeiro ciclo, a criança já tem um pequeno conhecimento sobre a linguagem escrita, dependendo da influência e a estimulação proporcionada pelo meio.

Assim, quando uma criança entra contacto com informações que têm a ver com a leitura e com a escrita, por exemplo verem os pais a ler, a criança começa a interiorizar a importância da linguagem escrita.

Antes de entrarem na escola e se confrontarem com o ensino da linguagem escrita, as crianças começam a perceber o relacionamento entre muitos suportes de escrita. Ao entrar na escola, a criança aumenta o seu desenvolvimento linguístico, pois está exposta a mais contextos, que aumentam o discurso escrito e oral e ampliam a criatividade e o seu sentido crítico.

Desta forma, a escola tem um papel essencial, deve estimular a criança a utilizar a língua da melhor forma, por exemplo quando esta ouve ou fala, escreve e lê.

Neste sentido, é importante que a criança perceba que o que se diz também se pode escrever.

A oralidade e a escrita desenvolvem-se na escola, pois a criança pode expressar-se e pode argumentar em diversos contextos. Deste modo, deve ensinar-se às crianças a necessidade de se usar uma linguagem simples e clara.

Quando ainda são criança pequenas, estas apreciam que os familiares lhes contem histórias. Estas acções têm influência na qualidade do discurso e na qualidade da leitura

Desta forma, as sessões de leitura em voz alta promovem uma ocasião para a interacção dos adultos com a criança.

Deste modo, os adultos contribuem para o desenvolvimento da linguagem quando parafraseiam o que a criança diz, falam acerca dos interesses da criança, permanecem em silêncio o tempo suficiente, para dar à criança uma oportunidade para responder, colocam questões específicas, colocam questões abertas e desafiantes (em vez de questões cuja resposta seja um simples sim ou não), acrescentam informação às respostas da criança, corrigem as respostas erradas, apresentam alternativas possíveis, encorajam a criança a contar histórias e dão elogios.

Estas atitudes trazem benefícios, pois aumentam o vocabulário e as competências de linguagem expressiva e de pré-literacia.

Quanto às Concepções das crianças acerca dos aspectos da linguagem escrita
As crianças pensam que a linguagem escrita é uma maneira de se inserirem na sociedade, pois a nossa sociedade está cada vez mais centrada na escrita.

No entanto, algumas crianças pensam que aprender a ler e a escrever é simplesmente um modo de diversão e de comunicação e de se integrarem no “mundo dos adultos”.
Existem outras que pensam que aprender a ler e a escrever, serve simplesmente para se integrarem na instituição escolar e convirem às expectativas tanto dos pais e professores.

As crianças nem sempre percebem que a linguagem escrita representa a linguagem oral. Contudo, quando entendem esse aspecto, só algum tempo mais tarde é que percebem que as palavras da oralidade estão representadas no alfabeto da escrita.

Assim, existem três fases de aprendizagem da Linguagem Escrita: a fase cognitiva, a fase de domínio e a fase de automatização.

A Fase Cognitiva caracteriza-se pela execução de uma representação sobre o propósito de uma tarefa e pela estruturação de uma ideia global sobre a sua essência e sobre as condições necessárias para a conseguir efectuar.

A Fase de Domínio descreve o treino e o aperfeiçoamento que a criança deve fazer para melhorar a realização de uma tarefa, neste caso a tarefa escrita.

A Fase de Automatização é quando as crianças já têm autonomia e conseguem realizar
uma tarefa inconscientemente, pois já adquiriu a aprendizagem de uma certa tarefa.

As crianças adoptam vários métodos de leitura. Alguns desses métodos são a observação e comentário das imagens dos livros, através das imagens de um livro, constrói uma história, fingem que estão a ler uma história, mas na realidade estão a inventar uma, entre outros métodos.

Relativamente às formas de escrita que as crianças adoptam são a utilização de desenhos, fingindo que está a escrever, usa símbolos parecidos com as letras; tentam copiar palavras, entre outros.

Falando um pouco mais da Consciência Fonológica...

Aprender a ler e a escrever não é um processo natural como o de aquisição da linguagem, ou seja, aprender a falar. É necessário promover a reflexão sobre oralidade, saber que a língua é constituída pelos sons da fala. Existe uma grande dificuldade em fazer corresponder um som da fala a um grafema.

A aprendizagem do código alfabético apela à competência cognitiva que a maioria das crianças não possui à entrada na escola, a capacidade de identificar e de isolar conscientemente os sons da fala. Aprender um código alfabético envolve obrigatoriamente a transferência de unidades do oral para a escrita, logo a escola deve promover o desenvolvimento da consciência fonológica. Através de treino, capacidade de identificar e manipular as unidades do oral.

O sucesso na aprendizagem da leitura e da escrita está correlacionado com os desempenhos do sujeito na oralidade.

Essencial promover o desenvolvimento de competências no domínio da oralidade em contexto escolar, pois quanto mais consciência fonológica as crianças tiverem mais facilmente aprendem a ler de forma consciencializada.

Para isso, apresentamos as três actividades abaixo descritas, actividades essas que foram elaboradas tendo em vista o desenvolvimento da consciência fonológica.

Duas das actividades destinam-se alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico e uma e uma outra a crianças do pré-escolar. As actividades passam pela segmentação silábica, pelo estabelecimento de relações de semelhança e diferença entre sons, identificação de rimas, distinção entre palavras curtas, longas, com base no número de sílabas e ainda na distinção entre a forma e o significado da palavra.

Como base de apoio para a realização das actividades tivemos a brochura de Mª João Freitas – O conhecimento da Língua: desenvolver a consciência fonológica.

Realizámos mais 3 actividades para a consciência Fonológica

Actividade 1

Actividade 2

Actividade 3

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Conhecimento da Língua Portuguesa: Competências Essenciais

Domínio oral: A Compreensão e a Expressão Orais

O Homem recebe, transforma e transmite informação, através da linguagem.
A compreensão e a produção do oral são duas componentes implicadas no processamento da informação verbal.

É importante trabalhar a compreensão do oral pois esta componente resume-se à recepção e decifração da cadeia de sons e respectiva interpretação. Assim como, é fundamental trabalhar a produção oral uma vez que esta componente consiste na estruturação da mensagem, formatada de acordo com as regras de um determinado sistema.

Apresentamos três actividades que vão da compreensão do oral á expressão do oral, que têm como objectivo levar as crianças a ouvir e a perceber o que se diz e levar as crianças a produzir oralmente. Duas das actividades remontam para a compreensão do oral em pré-escolar e 1º ciclo. E a terceira actividade será uma proposta para a expressão do oral e destina-se a alunos do 1º ciclo.

Actividades de compreensão do oral em pré-escolar e 1º ciclo:




Actividade de expressão do oral e destina-se a alunos do 1º ciclo:




Domínio Escrito: A compreensão e a Expressão Escritas

"A capacidade de produzir textos escritos constitui hoje uma exigência generalizada da vida em sociedade. Longe de ter caminhado no sentido de pedir apenas a alguns a tarefa de produção textual, a sociedade contemporânea reforça cada vez mais a necessidade de os seus membros demonstrarem capacidade de escrita, segundo um leque alargado de géneros.

A escola deve tornar os alunos capazes de criar documento que lhe dêem acesso às múltiplas funções que a escrita desempenha na nossa sociedade."
in “O Ensino da escrita: A Dimensão Textual” de Luís Filipe Barbeiro e Luísa Alvares Pereira

A escrita é um processo complexo e é o ultimo a ser adquirido pela criança. No entanto, a maior parte das crianças ainda não sabe ler, mas já sabe que existe uma relação entre a expressão escrita e a expressão oral.

É importante salientar que, as crianças ao serem estimuladas relativamente à expressão oral e à expressão fonológica, acabam por ficar mais aptas para iniciarem a expressão escrita. O contacto com o texto escrito bem como o reconhecimento de diferentes letras e a identificação, possibilita uma apropriação do código escrito. O livro constitui um instrumento indispensável para promover o contacto com a escrita. Este pode também ser potenciador de aquisição de hábitos de leitura.

Devemos ainda referir que cada criança apresenta o seu nível de desenvolvimento e que cabe ao professor ou ao educador acompanhar as necessidades de cada uma.

Para escrever é essencial dominar as características gráficas do sistema, são elas as intrínsecas e as extrínsecas. São estas características que conferem legibilidade a um texto escrito.

Para desenvolver estas características propomos duas actividades, uma de gestão do espaço de suporte da escrita e outra de conhecimento dos sinais de pontuação. A primeira para crianças do pré-escolar e a segunda destinada a alunos do 1.º ciclo.




Para o domínio escrito,também realizámos dois resumos de dois textos cedidos pela professora:

A formação para o ensino da leitura de Inês Sim-Sim

"Descobrir o princípio alfabético" de Ana Cristina Silva



Erros Ortográficos – Análise e Tipologias

"A análise das incorrecções ortográficas permite tomar consciência do tipo de dificuldades encontradas pelos alunos e delinear estratégias com vista à sua superação."
in "O Ensino da Escrita: Dimensões gráfica e ortográfica" de Adriana Baptista, Fernanda Leopoldina Viana e Luís Barbeiro

O erro deve ser sempre encarado numa perspectiva de construção, o professor deve estar atento às dificuldades e erros dos seus alunos e ajudá-los a compreender onde e porque é que errou.

Apresentamos de seguida, através da análise de textos escritos por crianças do 1ºCiclo do Ensino Básico, algumas das tipologias de erros que existem.


Módulo A - A Didáctica da Língua: Alguns Conceitos Básicos

Depois de concluirmos o primeiro dos três módulos da U.C, realizámos um resumo dos conteúdos abordados.


Aqui encontra-se o resumo dos conceitos básicos do primeiro módulo.







Realizámos também no âmbito do módulo A, mais precisamente do tema sobre a Competência Comunicativa uma pequena síntese do texto de Maria João Ferraz.

"Que competências deve a escola desenvolver e fazer adquirir?" - Síntese



A partir do tema sobre a linguagem e a aprendizagem elaboramos uma resposta à questão da proficiência da Língua Portuguesa com base no texto "A Formação em língua Portuguesa na dupla perspectiva do formando como utilizador e como futuro docente da Língua Materna", de Inês Duarte

Segundo Inês Duarte, o que significa "Ser um utilizador proficiente da Língua Portuguesa com vista ao seu desempenho como profissional competente nesta área?"

Um professor competente na área da Língua Portuguesa tem que dominar um conjunto de características fundamentais para desenvolver um bom trabalho. Assim, este deve ter conhecimentos sobre a Língua Portuguesa e ser capaz de se expressar oralmente em diversos contextos, deve saber ouvir de forma a recolher informação que lhe permita construir o seu próprio sentido crítico. Além disso, deve também saber escrever de forma clara e correcta.

É de referir ainda que o modo de utilização da linguagem por parte do Educador e do Professor, é basilar, uma vez que é uma pertença biológica, transmitida de geração em geração.

As crianças são expostas a estímulos verbais, que promovem o desenvolvimento linguístico.

Desta forma, o Educador e o Professor, deverão estimular a criança no que se refere às aprendizagens linguísticas.

O Regresso de Diversos Saberes - Unidade Curricular de Introdução à Didáctica do Português

Com o início de um novo semestre e consequentemente de uma nova Unidade Curricular (UC) de Língua Portuguesa, demos continuidade ao nosso blog que se iniciou no semestre passado com a UC de Língua Portuguesa e TIC.

“Diversos Saberes” regressou com novos trabalhos desenvolvidos no âmbito da UC de Introdução à Didáctica do Português (IDP).

Esta UC tem como objectivo, a aquisição de conhecimentos fundamentais na área de ensino da Língua Portuguesa, de modo a que possamos criar alicerces que nos permitam exercer com competência as nossas funções enquanto educadoras. O educador tem um papel preponderante na formação não só social e pessoal, bem como intelectual das crianças. O desenvolvimento de aspectos relacionados com a utilização da Língua constitui uma enorme importância na vida de qualquer ser humano. Desta forma, o educador tem que ser capaz de promover hábitos de literacia desenvolvendo nas crianças o gosto e interesse pela sua Língua, assim a UC de IDP marca um papel fundamental na nossa formação enquanto alunas da Licenciatura em Educação Básica (LEB).
No nosso blog poderão assim encontrar os trabalhos desenvolvidos pelo grupo no âmbito desta UC.

domingo, 17 de janeiro de 2010

As TIC e a leitura


Wordle: Untitled



A aprendizagem do vocabulário da língua portuguesa deve ser prioritária dentro e fora da sala de aula e ao longo da vida.O enriquecimento vocabular pode trazer importantes contribuições para a mudança da expressão oral e escrita.
Entendemos que o conhecimento alargado do léxico da língua materna permite uma compreensão mais fácil dos textos e a sua leitura mais apelativa. O aluno vai construindo e reconstruindo o significado das palavras a partir das construções memorizadas e das relações que os vocábulos mantêm entre si. Neste sentido, a aprendizagem dos campos lexical e semântico é de grande importância no ensino da língua materna. Mas, os desafios que se colocam ao professor de língua materna são constantes e inúmeros.
O Wordle é uma ferramente útil para que o aluno se aproprie do campo lexical e semântico da sua língua materna. O Wordle permite criar nuvens de palavras com formatos e cores variados que ajudarão à sua memorização e partilha.
Ao nível da língua portuguesa o wordle possibilita o enriquecimento vocabular, campo lexical, campo semântico, ensino e aprendizagem do vocabulário.



Para a criação da nuvem de palavras apresentada acima utilizamos a fábula "A Raposa e o LObo".

A RAPOSA E O LOBO


A raposa e o lobo mataram dois carneiros e fugiram. Depois que se acharam seguros, deitaram-se a comer, mas só puderam comer um, e o outro ficou inteiro. Diz a raposa:

– Compadre, é melhor enterrarmos este carneiro e vimos cá amanhã Comê-lo juntos.

Vai o lobo e diz-lhe:

– Mas nem eu nem tu temos faro, como é que o havemos tomar a achar?

– Deixa-se-lhe o rabo de fora.

Assim se fez. No dia seguinte apresenta-se o lobo e diz:

– Comadre, vamos comer o carneiro?

– Hoje não posso; tenho de ir ser madrinha de um cachorrinho

O lobo fiou-se, mas a raposa foi ao lugar onde estava enterrado o carneiro e comeu um grande pedaço. No outro dia toma o lobo a perguntar-lhe:

– Que nome puseste ao teu afilhado?

– Comecei-te.

Exclama o lobo:

– Que nome! Vamos comer o carneiro?

– Ai, compadre (disse-lhe a raposa), hoje também não pode ser; estou convidada para ir ser madrinha.

O lobo fiou-se; a raposa tornou a ir comer sozinha. Ao outro dia vem o lobo:

– Que nome deste ao teu afilhado?

– Meei-te.

– Que nome! (replica o lobo). Vamos comer o carneiro?

A raposa tornou a escusar-se com outro baptizado, e foi acabar de comer o carneiro. O lobo vem:

– Como se chama o teu afilhado?

– Acabei-te.

– Vamos comer o carneiro?

Foram e chegaram ao sítio; assim que viram o rabo, disse a raposa:

– Puxa com força, compadre.

O lobo puxou, e caiu de pernas para o ar; a raposa safou-se.


(Airão)


No âmbito da Unidade Curricular de Língua Portuguesa e TIC fizemos uma retroespectiva indiviual à cerca das aprendizagens realizadas ao longo das aulas e também sobre as aprendizagens autónomas. Neste post apresentaremos as nossas reflexões indiviuais sobre as vivências nesta UC.

Estas reflexões apresentam um balanço que exprime os nossos sentimentos, expectativas e dificuldades, entre outros factores inerentes à UC.

Para aceder às reflexões clique no nome das discentes:

Andreia Sousa

Daniela Dias

Inês Frade

domingo, 10 de janeiro de 2010

As TIC na Escola




O que são as TIC ? E o que trazem de interessante para o processo educativo?

Na nossa perspectiva, estas tecnologias constituem tanto um meio fundamental de acesso à informação (Internet, bases de dados) como um instrumento de transformação da informação e de produção de nova informação (seja ela expressa através de texto, imagem, som, dados, modelos matemáticos ou documentos multimédia e hipermédia). Mas as TIC constituem ainda um meio de comunicação a distância e uma ferramenta para o trabalho colaborativo (permitindo o envio de mensagens, documentos, vídeos e software entre quaisquer dois pontos do globo). Em vez de dispensarem a interacção social entre os seres humanos, estas tecnologias possibilitam o desenvolvimento de novas formas de interacção, potenciando desse modo a construção de novas identidades pessoais.

As TIC constituem, assim, uma linguagem de comunicação e um instrumento de trabalho essencial do mundo de hoje que é necessário conhecer e dominar. Mas representam também um suporte do desenvolvimento humano em numerosas dimensões, nomeadamente de ordem pessoal, social, cultural, lúdica, cívica e profissional. São também, convém sublinhá-lo, tecnologias versáteis e poderosas, que se prestam aos mais variados fins e que, por isso mesmo, requerem uma atitude crítica por parte dos seus utilizadores.Na escola, as TIC são um elemento constituinte do ambiente de aprendizagem.

Estas podem apoiar a aprendizagem de conteúdos e o desenvolvimento de capacidades específicas, tanto através de software educacional como de ferramentas de uso corrente. Permitem a criação de espaços de interacção e partilha, pelas possibilidades que fornecem de comunicação e troca de documentos Representam, além disso, uma ferramenta de trabalho do professor e do educador de infância e um elemento integrante da sua cultura profissional, pelas possibilidades alternativas que fornecem de expressão criativa, de realização de projectos e de reflexão crítica.

Para que tudo isso aconteça há, naturalmente, que garantir um amplo acesso às TIC tanto na escola como na sociedade em geral e estimular o protagonismo dos professores e dos educadores enquanto actores educativos fundamentais.




O CONTO: Realização de um filme recorrendo às TIC " Afonso vai dormir fora" e actividades sobre o conto "O Romance da Raposa"

A narrativa é uma forma de literatura que tem como objectivo relatar acontecimentos. Esta forma de literatura inclui o romance, a novela, o conto entre outros. Normalmente, numa narrativa, existe um narrador explícito ou implícito. O narrador é alguém que descreve os episódios sucedidos ao longo da história. Após a visualização do conto "O romance da raposa", na aula da professora Helena Camacho, fizemos um estudo aprofundado acerca de alguns elementos indispensáveis num conto bem como quais as características do mesmo. Elaborando também algumas actividades relativas ao conto que visualizámos em aula.
De forma a consolidarmos melhor esta temática foi proposto pela professora Rosário Rodrigues a elaboração de uma história que depois fosse transformada por nós num filme, através de um recurso das novas tecnologias, intitulado Photostory. É de salientar que, este é um recurso bastante simples de utilizar, pelo que pode ser explorado por crianças e jovens, além de que é um recurso gratuito.

A nossa história tem como título "Afonso vai dormir fora" e pode ser visualizada neste blog.





Para aceder às actividades sobre "O Romace da Raposa", clique aqui

Literacias e Cidadania

Conceito de Literacia

O termo literacia é relativamente recente na nossa língua, tendo surgido da necessidade de denominar um conceito decorrente de uma nova forma de encarar e valorizar a vertente funcional e utilitária da linguagem escrita.
enquanto a alfabetização se refere ao acto de ensinar e aprender, a literacia refere-se À capacidade de usar as competências (ensinadas e aprendidas) de leitura, escrita e cálculo.
Como nem toda a gente usa a leitura e a escrita com a mesma facilidade, nem com os mesmos objectivos, as autoras McLane e McNamee (1990) mobilizam o conceito de "múltiplas literacias". Esta diversidade decorre das características variadas de mobilização e utilização da literacia nos diferentes contextos sociais e culturais.
Literacia é mais que ler ou escrever, pois deve ser considerada como a capacidade de dar sentido e utilidade à leitura e escrita.
Elaborámos na unidade curricular LPTIC, uma recensão crítica de diversos textos, nomeadamente:


-PAZ, João (2008) - Educação e Novas Tecnologias

-BOTELHO, Fernanda (2005) - Globalização e cidadania: reflexões soltas

-BOTELHO, Fernanda (2006) Textos e literacias

-WONG, Bárbara (2006) Será k a lguagem ds testes tá a mudar? In Boletim em dia com as línguas

-FIGUEIREDO, António (2000) - Novos media, nova aprendizagem


Para aceder à recensão crítica, clique aqui.


Educação para a televisão e aprendizagem do Português


De forma a consolidarmos os nossos conhecimentos relativamente ao tema da televisão interligado com a educação e com as aprendizagens à cerca da língua portuguesa, foi-nos proposto pela professora Helena Camacho a realização de uma síntese a partir da Tese de doutoramento "Educação para a Televisão e Aprendizagem do Português – Um Estudo Prospectivo", da autoria de Fernanda Botelho, realizámos as síntese de alguns dos seus textos.


Para visualizar a síntese, clique aqui

As TIC e a linguagem escrita


Existem seis tipo de relação entre a televisão e a escrita:
(Adapatado de Helena Camacho)


A televisão provoca a escrita

Em torno da televisão produz-se muita escrita - partimos do livro para o ecrã

Ou seja, é importante que o professor leve para a sala de aula publicações sobre a televisão, para os jovens aprenderem a ler a imprensa sobre a televisão, e para aprenderem a seleccionar o que ver na televisão.



A televisão propõe a entrada na escrita

Partimos do ecrã para o livro.

Exemplo: Ver o filme do asterix na Tv é uma boa oportunidade para ler o livro.



A televisão parte da escrita

Muitos dos episódios infantojuvenis partem das narrativas escritas. Como é o exemplo de Uma Aventura.



A televisão apresenta narrativas muito semelhantes às narrativas escritas

No visionamento da televisão as crianças e jovens confrontam-se com vários géneros narrativos: aventura, ficção científica, histórias de amor, entre outros.



A televisão inclui vários escritos

A presença da escrita na televisão é constante, e surge de forma muito diversificada: documentários, legendagem, telejornais, entre outros.



A televisão transporta uma língua próxima da escrita

A linguagem verbal tem uma destaque muito importante nas emissões televisivas, existindo uma variação muito vasta dos registos de língua.

Todavia, o oral da televisão não é expontâneo. Parte de escritos pensados e em alguns casos com uma grande qualidade a nível linguístico.


Para percebermos melhor estas várias relações da televisao com a escrita procedemos à análise de um episódio de desenhos animados que tenham este tipo de relação.

Escolhemos assim um episódio da Rua Sésamo intitulado "Canção dos Opostos"

Tal como o nome do video indica, através dele é possível abordar as questões dos antónimos. Escolhemos a Rua Sésamo por ter sido uma série, de grande qualidade linguistica, que marcou várias gerações, devido ao facto de promover aprendizagens em diversar áreas educaticas.


Influencia dos media no desenvolvimento da linguagem e a importância de educar para os media no pré-escolar


A televisão é um meio através do qual a criança está em contacto com situações comunicativas muito diversificadas, o que leva ao enriquecimento da linguagem.
É importante acompanhar as crianças no processo de visionamento televisivo, ou seja, educar para os media é fundamental. Pois proporciona formas expontâneas de desenvolvimento da linguagem a partir da compreensão do que ouve, vê e fala, implicando a construção de actividade comunicativas.





"Não vale a pena desligá-la. Vale a pena activar a nossa liberdade crítica." (Botelho, 2003)

A frase da autoria de Fernanda Botelho “Não vale a pena desligá-la. Vale a pena activar a nossa liberdade crítica” é bastante elucidativa e remonta ao nosso espírito crítico. Pois existem muitas pessoas que fazem juízos errados da televisão e apenas lhe apontam os seus aspectos negativos, isso mostra a sua incapacidade dessas pessoas em compreenderem este meio e o quão importante é no desenvolvimento das crianças.

Pensemos em diversos meios socioculturais, e como seria possível uma criança de famílias mais desfavorecidas (que regra geral possuem uma linguagem muito menos rica que de meios socioculturais mais elevados) ter contacto com os tipos de discurso tão variados que a televisão transmite.

Claro que na televisão nem tudo são coisas boas, existem programas de fraca qualidade mas aí é que entra a liberdade crítica que a autora refere na sua citação. O ser humano rico linguisticamente tem que ter a capacidade de distinguir os programas de boa e de fraca qualidade. É aqui que entra a importância da educação para os media, uma vez que os meios de comunicação estão cada vez mais presentes na vida das crianças, e o facto de estes meios terem um forte poder de representação da realidade, em particular a televisão. E como tal temos que ensinar as crianças que nem tudo o que aparece na televisão é a realidade para que saibam distanciar a realidade da ficção. Por isso é muito importante a discussão social dos programas de televisão como um factor de construção do espírito crítico. O acompanhamento das crianças no visionamento da televisão constituiu um factor muito importante para o seu desenvolvimento crítico, uma vez que acompanhada de um adulto pode receber feedback daquilo que está a interiorizar.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Jogos no JClic - "Os Animais da Quinta"

Esta bateria de jogos é dirigida às crianças do 1º Ciclo do Ensino, no entanto alguns jogos também podem ser executados no Pré-Escolar. Estes jogos têm o objectivo de dar a conhecer de forma lúdica e interactiva os animais que pertencem ao campo, que neste caso denominamos "Animais da Quinta".

Os jogos que se encontram patentes nesta bateria são de diferentes tipos. Um dos jogos é de associação simples. este jogo tem dois conjunto de paineis para serem associados entre si. o objectivo é associar o animal à matéria prima que o mesmo fornece. É uma ssociação com imagens. Outro dos jogos é uma sopa de letras. O objectivo desta actividade é encontrar os animais que se encotram no meio da sopa de letras de forma a que as crianças reconheçam as palavras. Também se encontra disponível nesta conjunto de jogos um jogo de memória. Este é um exercicío simples que estimula o raciocínio e a capacidade de concentração das crianças. Existe ainda uma assiação complexa em que a criança tem que reconhecer as palavras, que neste caso são nomes de animais e o objectivo é faze-las corresponder à imagem correcta. Cada imagem contém o som do animal correspondente. Por fim, pode encontrar-se um exercício de resposta escrita em que se pretende que a criança reconheça o nome da cria de cada animal presente no jogo.

Para jogar no Jclic, clique aqui